3 de jul. de 2014

E se todo mundo fizesse a mesma coisa ao mesmo tempo ?




Reparou como são tentadoras todas as formas de distrações em nossas atividades? Chega a ser difícil, praticamente impossível resistir!
Mesmo se odiarmos essas quebras de concentração, elas vão acontecer sempre.
Tão forte como uma explosão, uma batida de carro ou até mesmo uma briga aos berros lá no outro lado da rua, o nosso cérebro é “programado” para reagir instintivamente de forma rápida, a qualquer estímulo que nos traga de volta a realidade.
Talvez seja uma rotina de segurança para nos deixar menos vulneráveis a qualquer tipo de ameaça física. Aposto como isso salvou nossa espécie nos tempos das cavernas e vem acontecendo até hoje.
Tudo bem, é algo importantíssimo e seja lá quem teve a ideia de “carregar” isso em nós acertou na mosca.
É um choque, que tão rapidamente te traz de volta ao ambiente físico, à adrenalina, ao “modo ligadão”. Deixando você pronto para reagir.

O problema é que somos tão dispostos a deixar o nosso imaginário, lúdico e subconsciente em segundo plano que ficamos imediatamente impossibilitados de continuar o que estávamos fazendo antes.
Fazer o seu cérebro voltar ao estado criativo é demorado e muitas vezes nem ocorre da mesma forma; Você acaba por se dispersar, gerando outras ideias pouco inspiradoras.
Se essas ocorrerem com frequência, vão te tomar um valioso tempo, tornando suas atividades pouco produtivas. Vão cessando suas inspirações, ideias e raciocínios.
Em resumo, você se perde.


Em qualquer ambiente corporativo (com raríssimas exceções), qualquer interferência externa pode arruinar minutos, ou até horas de trabalho executados em “linha de raciocínio”.
Ao ler isso e talvez concordar, num primeiro momento você pode pensar que isso seja algo pontual e individual, mas te garanto; Não é !

Equipes inteiras são desestabilizadas e contagiadas por ruídos externos e atitudes fora do contexto profissional quando essas ocorrem em ambiente coletivo.

Tudo isso para refletirmos: Antes de termos quaisquer atitudes/condutas diferentes das de “bom senso e tom”, pense: E se todo mundo decidisse fazer essa mesma coisa ao mesmo tempo?
Não vou explicar quais são as condutas “bom senso e tom”, normais para um ambiente de trabalho produtivo, saudável e respeitoso. Isso é inerente a qualquer pessoa inserida no mercado de trabalho. Já que até hoje eu não vi uma pessoa sequer que não soubesse exatamente como se comportar.

Vou apenas citar apenas alguns péssimos exemplos que me vem a cabeça agora, são eles:

Assoviar/Cantar em qualquer intensidade de volume;
Ouvir música/rádio/PC sem fones de ouvido a qualquer volume;
Jogar no celular com sons habilitados, mesmo em seu horário de almoço;
Gargalhar como se estivesse num show de humor ou boteco;
Falar ao telefone como num megafone;
Abrir um pacote de salgadinho sabor queijo gorgonzola ou similares de odor marcante;
Batucar com mãos/caneta ou similares na mesa ou mesmo no chão com os pés;
Usar perfume/desodorante demais;
Usar desodorante de menos;
Entrar num ambiente conversando em voz alta como se estivesse num estádio de futebol ou churrasco com amigos;
Fechar portas como se não houvesse maçaneta;
Correr;
Estimular debates acalorados sobre temas em que as pessoas normalmente divergem nas opiniões (futebol, política, religiões, etc.);
Demonstrações públicas de fé religiosa, opções esportivas, ética ou moral;
Promover jogos de azar, apostas envolvendo dinheiro ou vantagens financeiras (incluindo bolões);
Realizar compra/venda de produtos de qualquer espécie (gêneros alimentícios, artigos de perfumaria, beleza pessoal, estética, vestuário, etc.);
Ocupar boa parte do seu tempo com conversas e atividades particulares;
Entre outros péssimos hábitos (daria para listar mais de 500 com certeza).

Não há outra explicação para essas atitudes se não o individualismo, a falta de respeito aos próximos e má educação !
Você sempre deve pensar que no ambiente há outras pessoas, concentradas em seus afazeres, onde qualquer interferência externa pode afetar a capacidade de imersão tão necessária para obter bons resultado em quaisquer tarefas.
Sejam elas criativas, inovadoras, operacionais ou estratégicas.

- "Tá bom mas não se irrite"
- Me irrito sim !