7 de out. de 2009

Brincadeira saudável



Em todo o ambiente de trabalho devemos reservar um tempo para a descontração, isso torna a convivência com seus colegas bem como suas rotinas do trabalho muito mais leves.
Obviamente, até por um instinto natural, os seres humanos costumam utilizar os recursos de brincadeiras como ferramentas de interação objetivando uma comunicação mais intimista , alegre e envolvente. Tais atitudes visam transformar o "amargo" ambiente de trabalho em um local mais agradável. Faz parte da famosa "quebra de gelo".
Mas nem tudo são flores no selvagem ambiente corporativo. Num local onde 10 pessoas executam funções similares, haverá aqueles que se julgam sobrecarregados, os mais sensíveis, os deprimidos, os bobalhões, os falsos moralistas, os que adotam conduta militar, os liberais, os recatados, os sabichões e os limitados. Por mais que você queira uma equipe nivelada e alinhada aos objetivos e premissas da empresa, sempre será assim, alcançará uma equipe com excelentes profissionais, mas com personalidades completamente diferentes.
É assim inclusive entre irmãos de uma mesma família, a personalidade é como uma impressão digital onde o comportamento, a moral, a ética e os valores jamais se assemelham aos dos outros.
Para absorver essas diferenças, a convivência entra com um de seus maiores trunfos, a revelação das personalidades. E é através disso que podemos saber com quem trabalhamos e até onde podemos chegar numa conversa mais pessoal, na revelação de um segredo, no compartilhamento de uma informação exclusiva, na confiança, enfim, na possibilidade de evolução para uma amizade.



É claro que tudo possui um limite e basta a nós sabermos até onde podemos chegar e o quanto disso podemos dosar.
O profissional esperto, e neste caso esperteza para o bem e não para o mau, utiliza o seu senso crítico, sua perspicácia e sua sensibilidade a seu favor. Adota uma postura flexível e mostra-se disposto a tornar a convivência com seus colegas mais agradável.
Até agora, ficou claro que a parte "ativa" é fácil, todo mundo sabe como proceder para obter sucesso neste sentido.
O problema acontece quando a parte "passiva" deste relacionamento decide não interagir, ou então interagir de forma estranha.
Vamos observar o caso a seguir: (nomes fictícios)

- Marcelo é um cara brincalhão, comunicativo, sempre sorrindo e sempre disposto a ajudar e não é exagerado (sem noção).
- Renato é mais quieto, mas um cara bacana e aberto a brincadeiras.
- Vinícius é do tipo certinho, não aceita brincadeiras pois para ele trabalho significa 100% dedicação.
Os 3 são excelentes profissionais, sempre apresentam resultados maravilhosos e se destacam no que fazem.

Marcelo, esperto que é, brinca apenas com Renato, com Vinícius ele mantém um relacionamento estritamente profissional. Mas apesar da seriedade com que se tratam, ambos não tem do que reclamar sobre a conduta do outro.

Mas uma coisa acontece, Vinícius não consegue entender como Renato e Marcelo agem, e nisso elabora 1.000 motivos e teorias para justificar a sua convicção, a que o modo deles interagir incomoda o bom andamento de todo o departamento, dos demais membros da equipe e do seu próprio trabalho e de toda a empresa como um todo.

Agora, você leitor me responda:

- Diante de 1 vaga de emprego, você como empreendedor, contrataria qual dos 3 para o seu time? E para 2 vagas?
- Como você costuma agir no ambiente de trabalho?